Nos últimos anos, o marketing passou por inúmeras modificações em suas técnicas, muito por conta do avanço da tecnologia, em conjunto com a expansão da internet, impactando na maneira como as pessoas consomem conteúdo.

 

Assim, o meio digital abriu espaço para o desenvolvimento do Inbound Marketing, ou o chamado “Marketing de Atração”, que aos poucos vem superando as tradicionais práticas de propaganda e divulgação – o chamado Outbound Marketing.

 

Desse modo, de um lado temos a materialização dos anúncios nas grandes mídias, em processos de vendas que soam mais invasivos e sensacionalistas, representado pelo Outbound; de outro, nos deparamos como uma metodologia diferenciada, com a produção de conteúdo relevante e atrativa, o Inbound, que ganha espaço na internet.

 

Mas engana-se quem pensa que um substitui o outro e chegou o momento de abandonar completamente o Outbound. 

 

Ao contrário, é possível elaborar um planejamento direcionado para a sua empresa, usando tanto o marketing de atração, quanto o tradicional.

 

Afinal de contas, assim como a internet não terminou com a televisão, que por sua vez não estagnou o rádio e os jornais impressos, o Inbound também não irá superar o Outbound. As duas metodologias coexistem nas estratégias de marketing.

 

Ou seja, um planejamento completo irá investir em campanhas tradicionais e atrativas, o que é benéfico para todos os tipos de empresas. 

 

Além disso, o Outbound e Inbound são capazes de gerar leads (potenciais clientes), contribuindo para o aumento de vendas.

 

Contudo, para ter assertividade no planejamento de marketing, é preciso conhecer mais sobre o Inbound e o Outbound. 

 

Por isso, o artigo de hoje vai mostrar em qual deles a sua empresa deve investir e como implementar a estratégia. Acompanhe a leitura!

O Inbound Marketing

O Inbound Marketing se baseia em um conjunto de estratégias de criação e compartilhamento de conteúdo para um público-alvo específico, com a intenção de atrair, conquistar e ter a permissão de comunicar com o cliente de forma direta, criando relacionamentos duradouros.

 

Não é à toa que um dos principais representantes do Inbound é o marketing de conteúdo, pois o objetivo é fazer com que a audiência busque pela empresa, após consumir materiais informativos sobre um determinado assunto.

 

Quer dizer que, ao invés de uma propaganda estilo televisiva sobre uma serra de cortar granito, por exemplo, o Inbound irá criar um artigo falando mais a respeito do produto, com curiosidades, como usar o equipamento, entre outras informações que sejam relevantes ao público interessado.

 

Ademais, vale ressaltar que o Inbound Marketing é direcionado, isto é, não é feito de forma massiva, para todas as pessoas. 

 

A eficácia da metodologia está justamente em oferecer o conteúdo certo para o público certo, aumentando as chances de conversão de leads e, consequentemente, de vendas.

 

As quatro etapas do Inbound são definidas em:

 

  • Atração;
  • Conversão;
  • Venda;
  • Encantamento.

 

De acordo com pesquisas na área de marketing digital, 75% das empresas que aplicam o Inbound acreditam que suas estratégias são eficazes, ao mesmo tempo em que 59% dos profissionais de marketing afirmam que a metodologia produz leads de melhor qualidade.

 

Abaixo, confira como o Inbound Marketing é aplicado dentro das quatro etapas.

1 – Atração

O objetivo da atração é oferecer um conteúdo relevante para que o público se sinta atraído até a empresa. 

 

Isso pode ser feito de várias maneiras, como a publicação de artigos em um blog, a criação de um vídeo tutorial sobre como fazer uma mão francesa reforçada, por exemplo, entre outros materiais.

 

Aqui, o objetivo não é a venda direta do produto ou serviço. Aliás, o conteúdo não tem a intenção de mostrar as qualidades de uma mercadoria, mas sim, fornecer informações aos usuários e, somente após de atraí-los, mostrar algo que possa atender as necessidades.

 

Uma técnica muito usada na atração é o SEO (Search Engine Optimization), ou otimização para os mecanismos de busca, que são técnicas para melhorar a classificação de uma página nos buscadores, como o Google.

 

Basicamente, o SEO utiliza uma série de palavras-chave, que são os termos mais pesquisados no Google, dentro de um texto, com a produção de conteúdo relevante. 

 

Por exemplo, o palavra-chave “retífica plana” pode ser colocada em um artigo que fale mais sobre o que é o acessório.

 

Cerca de 93% dos processos de compra iniciam-se por uma busca online. Por conta disso, vale a pena estar presente entre os primeiros resultados do Google e de outros sites de pesquisa.

2 – Conversão

Na conversão, o usuário já conhece o seu negócio, mas ainda precisa se tornar um lead, isto é, fornecer algum contato para a empresa para receber em troca um conteúdo ainda mais aprofundado sobre o tema.

 

Ao se tornar um lead, o usuário passa pelo processo de nutrição, que o encaminham para novas etapas mais próximas da compra.

 

Para converter o usuário, a empresa pode produzir um e-book sobre como fazer uma limpeza fachada, por exemplo, e oferecer o conteúdo em troca do e-mail do internauta. 

 

Há outras formas, como cadastro em newsletter, landing pages e formulários de contato.

3 – Venda

Aqui é o momento de falar especificamente sobre o seu produto ou serviço, mas não com propagandas invasivas. 

 

Ou seja, a empresa continua oferecendo conteúdo relevante, mas com o foco de mostrar uma solução para o problema do lead, que é a compra da mercadoria.

 

Assim, é possível falar sobre os benefícios de ter uma lixadeira de parede e o porquê o equipamento da sua marca se diferencia da concorrência.

4 – Encantamento

Após a compra, o Inbound Marketing não finda o relacionamento com o cliente, pois a estratégia acredita que a fidelização é um meio para alcançar novos consumidores. 

 

Por isso, há um esforço para a manutenção de um relacionamento saudável, que pode ser feito através de campanhas de e-mail marketing.

O Outbound Marketing

O Outbound Marketing já é muito conhecido pelas ações de publicidade e propaganda, sendo aquele que faz grandes anúncios nas mídias tradicionais, como a televisão, o rádio e os impressos.

 

Na prática, podemos visualizar o Outbound quando estamos assistindo um filme e somos interrompidos por um comercial de lavadora de alta pressão industrial, por exemplo.

 

Contudo, com a mudança de comportamento dos consumidores, a audiência não se mostra tão receptiva às mesmas técnicas de antes e, por conta disso, o Outbound teve que se reinventar.

 

Assim, uma das maneiras encontradas foi a criação de uma persona, quer dizer, um personagem semi-fictício do cliente ideal, com base nas características do público-alvo. 

 

Desse modo, as propagandas tornaram-se segmentadas e direcionadas.

 

Na internet, o Outbound encontrou espaço para aplicar esse encaminhamento de audiência, ao lado das ferramentas de anúncios patrocinados, como o Facebooks Ads e o Google Adwords (que também promovem conteúdos).

 

Ou seja, uma propaganda sobre ar condicionado industrial, por exemplo, agora é exibida para pessoas potencialmente interessadas no produto, sendo mais fácil a captação de leads e contribuindo para as vendas.

 

Porém, os antigos comerciais ainda permanecem em voga, já que o consumo de mídias tradicionais continua forte nos dias atuais. Diante disso, o Outbound continua bem sucedido na prospecção de clientes, nos diferentes meios de comunicação.

 

Além disso, a estratégia tem outras vantagens, como um ROI (Retorno Sobre Investimento) mais rápido e perceptível, os resultados a curto prazo e o contato mais próximo com os clientes no momento de venda.

 

Portanto, a metodologia Outbound pode ser facilmente aplicada para a promoção de uma balança de precisão, bem como pode ser usada em conjunto com a estratégia de Inbound. Com isso, a empresa tende a prospectar o cliente, ao mesmo tempo em que nutre o lead e gera um relacionamento de confiança.

Conclusão

Apesar de diferentes, o Inbound e o Outbound Marketing são complementares em vários aspectos, principalmente quando se deseja um planejamento completo e efetivo para a sua empresa. 

 

Por conta disso, muitos negócios costumam separar orçamentos para as duas metodologias, incorporando a divulgação nos meios digitais e offline.

 

Entretanto, o que vai guiar a mescla dos dois modelos é o perfil do cliente, ou seja, a persona, que influencia o modo como se vende o produto ou serviço. 

 

Afinal de contas, é preciso orientar as divulgações para um perfil específico, o que é válido para o Inbound e o Outbound Marketing.

 

Além disso, é preciso considerar os objetivos da empresa, uma vez que para resultados a curto prazo, o Outbound é o mais indicado, enquanto que para a construção de relacionamentos, o Inbound é a melhor alternativa.

 

Por fim, é preciso considerar a disponibilidade financeira da empresa, já que, dependendo da campanha, os gastos são maiores com o Outbound, embora o retorno seja altamente rentável e positivo.

 

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.